domingo, 3 de abril de 2011

Uma troca sempre é complicada.


"Nem sempre e fácil trocar de carro. Pensando bem, nunca é. Mesmo se o próximo modelo for indiscutivelmente superior que o anterior, a despedida nunca e fácil. Lendo isso, alguns podem achar que esse pensamento beira o materialismo, porém a essência do sentimento vai muito além disso.

O planejamento da troca é cercado de euforia: pesquisa na internet, test-drive, comparação de modelos, opinião de amigos, outro test-drive, anúncio do antigo carro na internet, negociação … carro vendido!

Aí que a tristeza bate. Com o sentimento de quem quer ter tudo ao mesmo tempo, você quer o carro novo ao mesmo tempo que não quer se desfazer do antigo companheiro. Nesse momento, as lembranças vem à tona. As viagens, festas, colocação de acessórios, e até o cheiro e a alegria da primeira volta naquele companheiro que agora se despede.

Algumas vezes, na entrega da chaves para o novo dono já senti remorso e até me passou pela cabeça a idéia de voltar atrás e cancelar tudo. Sem falar no ciúmes de ver o novo proprietário saindo feliz, dirigindo o meu carro – que a partir de agora não me pertenceria mais.

Como um ente querido que morre, faz-se o luto e até alguns meses depois a memória do antigo companheiro vem à tona cada vez que um modelo semelhante cruza o caminho. Sei que da próxima vez tudo se repetirá, e não deixará de ser menos triste, pois os apaixonados por carro tem o coração mole e sempre se sentirão mal ao ver um amigo partir.

Como uma forma de homenagem, escrevi esse texto do lava-rápido, enquanto faço a última lavagem antes da entrega do meu carro para o seu próximo dono.

Grande amigo, obrigado por tudo e boa sorte." (André Carbon)

"Ainda mais quando você está com esse carro a mais de 12 anos; se torna ainda muito mais complicado."

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